sábado, 30 de dezembro de 2017

2018: Reflexões, Frustrações e Esperanças

Publicado no Jornal “O Fato” de 20/12/2017

Natal chegando e com ele muitas bocas e mentes a bradar o “Amai-vos uns aos outros”, porém ecoando em poucos corações.

Onde foi parar o “Amai-vos uns aos outros” quando o espirito do ganha/perde, do ódio, da intolerância ao outro é pauta diária na nossa sociedade?

Onde está o “Amai-vos uns aos outros” quando a ideia de exclusão do estado como fomentador da oferta, como regulador do mercado econômico, como empreendedor e sócio daqueles que não tem capital para empreender serve somente para aqueles mesmos que a 500 anos controlam os recursos públicos e utilizam para seus grupos, deixando as migalhas para a maioria?

Engraçado que vira o ano novo, chega 2018 e as pessoas, como num passe de mágica, acreditam que “porque o ano mudou tudo agora é novo”, uma nova vida, um novo mundo, um novo salvador da pátria, um novo milagre. E assim, ao acordar de mais um desses golpes dos devaneios proporcionados pelos meios de sedução dos dominantes, o povo se envergonha de sua decisão e se fecha em seu orgulho ferido até o próximo “Novo Milagre” que virá do além e que ele não precisa fazer nada.

Ora, um povo sem ação, sem atitude, sem opinião, sem movimento é o ideal para aqueles que sempre se serviram desse mercado que não precisa crescer pois sabem que anestesiando a inconformidade popular, via ópios de diversas formas, estarão mantendo seus privilégios econômicos, pois sabem que é a inconformidade que alavanca o desenvolvimento.

Em 2018 tenho a esperança de estar errado, do contrário, teremos mais um ano de sofrimento econômico para os mais pobres, especialmente os das cidades de economia altamente dependente dos investimentos públicos como São Gabriel e muitas da metade sul do Rs

Em 2018 nós, o povo, teremos a esperança de resgatar o direito de determinar que projeto queremos em nosso país e paremos de ir atrás de ideias milagrosas, de artistas da política e falsos não políticos, de mágicos econômicos e passemos a olhar com senso crítico e prático tudo o que os projetistas estão falando e fizeram e, principalmente, paremos de nos omitir em nossos grupos de opinião, pois “a ideia que não é posta à crítica, é frágil”



Feliz 2018. 

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