sábado, 10 de março de 2012

São Gabriel: Ame-o ou Deixe-o


Buscar saber o que o mercado quer, pensa e sente é uma das tarefas do consultor de marketing para orientar seus clientes. Para isso, uma das minhas ferramentas de acompanhamento do mercado é acompanhar as redes de relacionamento social, dentre elas o Facebook.

No Facebook
Outro dia, lendo comentários , alguém desabafou dizendo que não sabia mais em quem confiar seu voto para comandar São Gabriel, pois tinha o sentimento de que a cidade não andava. Imediatamente obteve como resposta a seguinte frase: “Se não estás contente, vá embora” .Automaticamente, Lembrei-me dos tempos da Ditadura quando falar, discordar, discutir melhorias era proibido, e onde era estampado nas paredes das ruas e nos adesivos dos carros: “Brasil: Ame-o ou Deixe-o”.
Essa cultura dos anos 70, disseminada em nosso país na época, pareceu-me ainda ter resquícios e aprovações na nossa cidade, principalmente naqueles em que o argumento para convencer o outro, é frágil.

E a Empresa?
E a empresa, conseqüência da cultura de seus membros, de seus proprietários como terá resultados rentáveis e sustentáveis quando o tipo de argumento é esse: “Meu Negócio: Ame-o ou Deixe-o”?

A Cultura e o Clima Empresarial
Nós seres sociais carregamos muitas vezes esse tipo de cultura herdada e ditatorial, transformando nossa cidade, nosso trabalho, nossos empregados e nossa empresa em “Simples usuários do Mercado”, atuando de uma forma em que todos tenham que se adequar ao nosso pensamento, a nossa forma de entender a vida e as coisas, a nossa cultura empresarial, quando o contrário é que dá a sobrevivência e sustentação do sonho econômico e social.

As Causas e Consequências
O Sebrae em seus estudos mostra que somente 2 em 100 empresas criadas a cada ano continuam vivas após 5 anos, e a causa principal é a “Incapacidade Gerencial” de seus empreendedores, estando no bojo de suas práticas:
a) não ouvir o que o mercado, atuando empiricamente e ignorando os desejos e as necessidades dos clientes.
b) Despreparo da equipe para analisar e solucionar as necessidades dos clientes.

E Você,
como vê esse assunto em São Gabriel?
Comente aí

quinta-feira, 1 de março de 2012

EM QUE DÉCADA SÃO GABRIEL ESTÁ?

Nesta vida de consultor empresarial, viajando, treinando líderes e colaboradores, elaborando palestras e pesquisando artigos e entrevistas na área empresarial, busco comparar (as vezes) o que está no texto com a realidade de nossas cidades do centro oeste do RS, especialmente em São Gabriel, minha terra natal. Muitas dessas leituras indicam freqüentes alterações no mundo corporativo, tanto na esfera Humana quanto Administrativa já que os últimos 30 anos ocorreram mudanças significativas, e a entrevista “como ficam os Talentos Estratégicos” (www.rh.com.br), me levou a refletir :

Os anos 70, na esfera humana por exemplo, colaborar com a empresa era OBEDECER PASSIVAMENTE ao “chefe”, o iluminado, o dono da verdade. Existia o ditado que distinguia o bom do mau colaborador: “O Bom Cabrito não Berra”. As mudanças eram lentas e as inovações temidas pelas mentalidades acomodadas e fechadas para o mundo. Era a gestão empresarial sem gestão participativa.

Já no final da década de 80 a cultura predominante nas empresas era marcada pela suposta PROTEÇÃO que as empresas ofereciam aos funcionários. A estabilidade no emprego estava presente em quase todas as mentes e aspirações dos profissionais. Os anos passaram e as inovações chegaram.

Na metade da década de 90 até nossos dias, com a abertura do mercado, a chegada da globalização e da competição era possível observar uma outra realidade e as empresas viram que o DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL INTELECTUAL era a chave para a competitividade que se acentuava cada vez mais. Diante desse contexto, as pessoas também mudaram de postura e compreenderam que a empregabilidade era um reflexo de quem sabe fazer a diferença para o negócio.

Isso provocou efeitos diretos no comportamento dos profissionais e hoje muitos buscam o constante desenvolvimento, seja através da empresa onde atua ou mesmo por iniciativa própria. Com isso, os talentos estratégicos tornaram-se alvo das atenções das empresas e o desejo comum é de que esses permaneçam em seus quadros e contribuam com o sucesso do negócio, pois não é apenas mais um colaborador que integra a folha de pagamento. Ele tem aspirações diferenciadas, faz constantes questionamentos e quando não vê mais desafios para superar no dia-a-dia, pode perder a motivação e, simplesmente, ir embora.

Agora é com Você, Reflita e Comente aí (para melhorar nossas empresas):

1) Em que Década Empresarial São Gabriel Está ( e porque )?

Também publicado em www.colunapontodevista.com