terça-feira, 12 de maio de 2009

O Coitadinho da Vez

Um amigo, em época de eleições municipais para o legislativo em minha cidade, sempre fazia a seguinte indagação:

- Quem será, nesta eleição, o “coitadinho da vez”?

Essa pergunta significa: quem será o despreparado a ser bem votado, por que uma parcela da população, descrente da política, busca eleger esse tipo de candidato, que com poucas qualidades para a vereança acaba se destacando em votos e, as vezes, até se elegendo?

Daí a analogia desse artigo, levado para a esfera empreendedora:

- Quem será o próximo empreendedor “coitadinho da vez”?

Diante de um mundo de turbulências, onde as regras mudam no meio do jogo, muitos se aventuram a empreender, esperando as recompensas de ganhar dinheiro, independência, liberdade, satisfação e realização pessoal. Mal sabem da existência dos diversos stakeholders inseridos em sua decisão, da diversidade do mercado, de que é preciso ver oportunidades onde outros vêem problemas, assim como Benjamim Franklin que mesmo aconselhado a parar com suas experiências com a eletricidade por ter sido considerada uma perda de tempo absurda.

Ora, as oportunidades empreendedores existem para aqueles que são capazes de desenvolver produtos ou serviços cobiçados pelos clientes. Uma oportunidade empreendedora é muito mais que uma idéia interessante em que faz que pessoas abram mão do seu dinheiro em troca do que foi ofertado pelo empreendedor, que, antes de tudo, necessita estar munido de interesse, recursos financeiros e capacidade técnica e administrativa para ser bem sucedido.

Um mecânico que monta sua própria oficina, uma cabeleireira que administra um salão de beleza, um jovem que deseja ter uma namorada, uma um ex-trabalhador que resolve adquirir uma franquia, um profissional liberal que mantém uma empresa em seu ramo de atividade, um bom vendedor, trabalhador operacional promovido a gerente executivo de vendas são exemplos de empreendedores que, segundo Norman R. Smith (em Administração de Pequenas Empresas – Longenecker – pg.12), tem o conhecimento técnico, mas as vezes falham em manifestar habilidades para a boa comunicação e formação gerencial, utilizando de tomadas de decisões paternalistas, decidem como se todos os clientes pensassem como ele, não delegam poder, usam poucas fontes de capital, usam estratégias de marketing de maneira tradicional como preços, qualidade e reputação da empresa, esforços de venda somente pessoais com visão de curto prazo e planejamento limitado de crescimento ou mudanças futuras.

Empreender faz-se necessário mais que conhecimentos técnicos, do produto ou do serviço. Faz-se necessário analisar o mercado, reunir fundos e providenciar instalações necessárias, desenvolver talentos, administrar equipes, finanças, marketing, relacionamentos e negócios. Faz-se necessário também ter características como comprometimento e determinação, liderança, senso de oportunidades, tolerância aos riscos e incertezas, criatividade, autoconfiança e adaptabilidade, e acima de tudo, motivação para vencer, concentrando-se nas metas, conhecendo seus pontos fortes e fracos.

Assim, vital se faz desenvolver essas virtudes, onde a principal será o “ouvir “ para aprender, apreender e apropriar-se dessas tecnologias, podendo utilizar-se do consultor empresarial que está aí para ajudá-lo a realizar esse projeto a 4 mãos, evitando que você seja a resposta da pergunta inicial:

“Quem será o Coitadinho da Vez”?

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